
A Inteligência Artificial (IA) é uma realidade no mundo contemporâneo e na área da saúde, mas não podemos deixar de salientar que ela é fruto do conhecimento humano. Logo, o parecer médico e o tratamento humanizado continuam sendo relevantes na prática da medicina. A IA é uma ferramenta potente para otimizar e aumentar a eficiência do sistema de saúde, seja no armazenamento e cruzamento de dados, seja nos diagnósticos. Mas o olhar humano — este é diferenciado — acolhe e aproxima. A máquina tem a sua importância, mas não podemos abolir a intuição e a percepção delicada do subjetivo no primeiro contato com o paciente.
É impressionante observarmos o quanto a tecnologia evoluiu nas últimas décadas e como estamos cada vez mais dependentes dela para a maioria das nossas atividades cotidianas. Desde então, muitos se questionam qual será o futuro dessa relação homem x tecnologia. Será de domínio ou de submissão? Essa resposta, de forma concreta, para mim ainda é uma incógnita.
A experiência, a ética e o julgamento clínico humano são pilares essenciais para a prática médica e jamais deverão ser abolidos, e sim auxiliados pela IA. A tecnologia da robótica é muito utilizada em cirurgias da obesidade, mas, por trás do robô, há o profissional no controle da máquina. A robótica e a IA são campos relacionados e não idênticos. A robótica se concentra na operação de robôs, enquanto a Inteligência Artificial é utilizada para criar robôs mais avançados, que possam realizar tarefas que façam uso da inteligência humana e que pensem, tomem decisões e resolvam problemas como humanos.
Diante da pretensão de humanizar robôs, acredito que a utilização da Inteligência Artificial na saúde, a princípio, se destacará na questão da organização de dados, relatórios e na celeridade dos diagnósticos, por meio de equipamentos modernos e tecnológicos. A IA, ao meu ver, aumentará a sua abrangência nesses quesitos, dando suporte aos profissionais para a resolução dos problemas de saúde dos pacientes. O tratamento, seja por meio de medicamentos ou de um procedimento cirúrgico, deverá ter o veredicto do médico. No futuro, talvez em países mais avançados, é possível que a máquina substitua o homem.
Não podemos dar as costas aos avanços tecnológicos, e sim usufruirmos do melhor que eles possam nos oferecer em prol do bem-estar dos nossos pacientes. O equilíbrio entre a Medicina Humanizada e a Inteligência Artificial é o caminho mais viável para o sucesso de qualquer tratamento e cirurgia, potencializando sempre os melhores resultados em prol da saúde.