Governo envia carta a ‘The Economist’ reagindo às críticas sobre Lula

O governo brasileiro reagiu a críticas publicadas pela revista britânica The Economist sobre a política externa e a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em carta assinada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o Itamaraty refutou acusações de incoerência e afirmou que Lula é um defensor consistente da democracia, do multilateralismo, da paz e da sustentabilidade. A manifestação oficial foi motivada por um artigo da revista publicado no último domingo (29), que questionou a relevância internacional do Brasil e sugeriu que o país parece hostil ao Ocidente.

Na resposta, Mauro Vieira ressaltou que o Brasil “não faz tratamento à la carte do direito internacional” e que as posições do presidente estão alinhadas aos princípios da Carta da ONU. Segundo ele, Lula se destacou na presidência do G20 ao construir consensos globais e propor medidas como a taxação de bilionários. O chanceler também reafirmou o compromisso do Brasil com os BRICS, como espaço de diálogo para reformas na governança mundial e promoção do desenvolvimento sustentável.

O texto defende ainda que o presidente foi coerente ao condenar tanto os ataques ao Irã — classificados pelo governo como violação da soberania e do direito internacional — quanto a invasão da Ucrânia pela Rússia. A carta afirma que Lula atua para promover soluções diplomáticas para conflitos e critica os investimentos em armamentos em detrimento do combate à fome e ao aquecimento global. Para o governo, o respeito à autoridade moral do presidente brasileiro é “indiscutível” entre humanistas, acadêmicos e defensores dos direitos humanos.

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