
A escassez de recursos nas Forças Armadas em 2025 já compromete o funcionamento da frota de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) utilizadas por autoridades do governo federal. Dos dez jatos disponíveis, apenas três estão em operação regular; os demais permanecem no chão por falta de combustível e de recursos para manutenção. A situação tem causado desconforto entre ministros que não estão no topo da escala de prioridades e que passaram a enfrentar filas e atrasos nos aeroportos comerciais. “Ministros como os da Justiça, da Fazenda, da Casa Civil e da Defesa têm prioridade para reservar um jato”, afirmou uma fonte do governo ao Estadão.
Procurada, a FAB confirmou que “as restrições orçamentárias ora enfrentadas impactam não apenas o reabastecimento das aeronaves, mas todo o ciclo de operação e manutenção da frota”. A Força informou ainda que as limitações atingem “a aquisição de lubrificantes, peças de reposição e a realização de reparos em motores”, o que “compromete a plena disponibilidade dos aviões e dificulta o cumprimento das missões institucionais”.
O Ministério da Defesa foi uma das pastas mais afetadas pelos cortes realizados para o cumprimento da meta fiscal, com redução de R$ 2,6 bilhões no orçamento. Sem verba suficiente, o transporte aéreo de autoridades passou a ser reavaliado conforme a urgência e relevância dos compromissos. Integrantes do governo que antes dispunham com frequência dos jatos da FAB agora enfrentam atrasos, mudanças de agenda e maior dependência da malha aérea comercial.