
A Força Aérea Brasileira reativou a Base Aérea do Recife (BARF) e inaugurou uma Torre de Controle de Aproximação de 34 metros, equipada com a antena APP‑NE, sob a gestão do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea). A mudança reforça o monitoramento de mais de 500 mil voos anuais na “Porta do Atlântico” — área que engloba os espaços aéreos de Recife, Fortaleza, Natal e Maceió — e replica o modelo integrado já em funcionamento em Florianópolis.
O novo Edifício Técnico Operacional permitirá centralizar o Controle de Aproximação Nordeste, integrando os principais Centros de Controle de Aproximação (APP) da região. Segundo a FAB, a medida deverá gerar economia de combustível, reduzir emissões de CO₂ e melhorar a fluidez e a pontualidade dos voos, ao otimizar a comunicação e a coordenação entre controladores. O CINDACTA III, responsável por parte do Atlântico Sul, passa a ter melhor infraestrutura para gerir seus 13,5 milhões de km² de espaço aéreo.
Na solenidade de inauguração, a governadora Raquel Lyra afirmou que “a Base Aérea do Recife alcança um novo patamar estratégico, alavancando o desenvolvimento do Estado e fortalecendo nossa segurança”, enquanto o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, ressaltou a relevância da instalação para a defesa nacional. Reativada após desativação em 2024, a BARF também fornecerá apoio logístico a operações de defesa aérea, integração cibernética e guerra eletrônica. Paralelamente, Pernambuco receberá a futura Escola de Sargentos do Exército, com R$ 1 bilhão em investimentos e capacidade para formar 2,2 mil militares por ano, potencialmente gerando até 10 mil empregos diretos e indiretos.