O primeiro leilão portuário de 2025, realizado nesta quarta-feira (30) na sede da B3, em São Paulo, resultou na concessão de quatro terminais e movimentou mais de R$ 2 bilhões em investimentos e outorgas. Três áreas estão localizadas no Porto de Paranaguá (PAR14, PAR15 e PAR25) e uma no Porto do Rio de Janeiro (RDJ11). Promovido pelo Ministério de Portos e Aeroportos, Antaq e Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), o certame teve como critério o maior valor de outorga e é voltado à movimentação de granéis sólidos, com foco no agronegócio.

O ministro Silvio Costa Filho comemorou o resultado e afirmou que, entre 2025 e 2026, o governo federal pretende realizar mais 40 leilões no setor. “Nossa expectativa é de que a balança comercial bata recorde neste ano”, destacou. O secretário Nacional de Portos, Alex Ávila, apontou que o corredor de importação de Paranaguá dobrará de capacidade, passando de 20 para 40 milhões de toneladas. O governador do Paraná, Ratinho Júnior, projetou que o porto pode ultrapassar 70 milhões de toneladas movimentadas ainda em 2024.

Entre os vencedores, estão o Consórcio LDC (PAR25), com outorga de R$ 219 milhões; o BTG Pactual Commodities (PAR14), com R$ 225 milhões; e a Cargill Brasil (PAR15), com R$ 411 milhões. No Porto do Rio, o RDJ11 foi arrematado por R$ 2,1 milhões pelo Consórcio Porto do Rio de Janeiro. Os contratos variam de 10 a 35 anos e preveem investimentos em infraestrutura, como novas balanças, sistemas de transporte interno e integração com ferrovias, visando à melhoria da logística nacional.