Governo anuncia plano de socorro a empresas afetadas por tarifaço

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a MP (medida provisória) de ajuda aos setores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos na tarde desta quarta-feira (13).

Como já havia sido antecipado pelo mandatário, o texto libera uma linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas brasileiras.

O plano estava em execução desde a data em que a nova taxa foi anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas precisou ser ajustado após cerca de 700 produtos terem sido isentados — o equivalente a 45% da pauta exportadora do Brasil para os Estados Unidos, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As informações são da CNN Brasil.

Para a elaboração do plano, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), ouviu empresários e representantes dos setores mais atingidos pelo tarifaço. Foram mais de 100 encontros desde o anúncio da sobretaxa.

O evento para a assinatura da MP (medida provisória) de ajuda aos setores afetados conta com a presença de diversos ministros do governo Lula, além de empresários, que foram convidados diretamente por Alckmin.

Tarifaço é uma “chantagem” e “injustiça”

Na cerimônia de apresentação do plano, os discursos das autoridades presentes destacaram haver “chantagem” e “injustiça” nas ações dos Estados Unidos.

“O Brasil e o mundo são testemunhas de que essa situação, que consideramos uma verdadeira chantagem, foi provocada por aqueles que tentaram abolir o Estado democrático de direito e agora respondem por seus crimes perante à lei e à Justiça”, disse a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Já Alckmin mencionou as tarifas que o Brasil aplica aos produtos importados dos EUA para classificar o tarifaço como uma medida “inadequada”.

“Todos nós sabemos da injustiça que ocorre. O Brasil, dos dez produtos que os Estados Unidos mais exportam para nós, oito a tarifa é 0%, não paga nada de imposto”, afirmou. “Não há nenhuma justificativa, medida totalmente inadequada”, acrescentou o vice-presidente.

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