
O ex-deputado federal Danilo Cabral comunicou nesta terça-feira (5) sua saída do comando da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), após mais de dois anos à frente do órgão, “em meio a pressões políticas de lideranças cearenses, principalmente relacionadas à disputa pelo trecho da ferrovia Transnordestina”, segundo comunicado oficial. O movimento pela sua substituição ganhou força após críticas de empresários e autoridades do Ceará, incluindo o governador Elmano de Freitas e a concessionária TLSA, responsável pelas obras da ferrovia.
Apesar de parlamentares pernambucanos, como os senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, terem atuado para garantir a permanência de Cabral no cargo, a decisão de sua saída foi oficializada pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Nos últimos dias, ele recebeu manifestações de apoio de autoridades como o prefeito João Campos, o presidente da Alepe Álvaro Porto e a ABED-PE.
Em nota, Danilo afirmou: “Fui comunicado de meu desligamento da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), após dois anos e dois meses de intensa dedicação. Foi uma honra servir ao Brasil, em especial ao povo nordestino, nesse período desafiador e transformador.” Ele acrescentou: “Agradeço ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Waldez Góes pela confiança, e à valorosa equipe da Sudene pelo trabalho conjunto que realizamos. Deixo o cargo com a convicção do dever cumprido. A SUDENE VOLTOU”. Cabral finalizou dizendo que continuará “atuando em favor do desenvolvimento do Nordeste — especialmente de Pernambuco, minha terra natal — com o olhar firme na superação das desigualdades e na melhoria da qualidade de vida do nosso povo”.