Conhecida como a “Jóia do Vale do São Francisco” e segundo maior polo agrícola de Pernambuco, Lagoa Grande vem consolidando sua vocação para a vitivinicultura e o enoturismo. Localizada às margens do Rio São Francisco e a apenas 45 km do Aeroporto Internacional de Petrolina, a cidade reúne condições únicas para produção de uvas e vinhos durante todo o ano, atraindo cada vez mais visitantes e investidores do setor.

O município, que já se destaca pela produção de vinhos, espumantes e frisantes premiados internacionalmente, fortaleceu sua projeção no cenário nacional com o Projeto Viva Lagoa Grande, realizado em 15 de janeiro de 2025. O evento reuniu mais de 250 participantes, entre autoridades, empresários, jornalistas, viticultores, corpo consular e representantes do trade turístico, que puderam vivenciar de perto o potencial do município para o enoturismo.

Entre os destaques do projeto está o irmanamento com Tupungato, em Mendoza, na Argentina, um dos centros de produção de vinhos mais respeitados do mundo. A parceria surgiu de missões técnicas à região argentina e tem como foco o intercâmbio de experiências em vitivinicultura, enoturismo e comércio bilateral.

Segundo Silvio Rodrigues, secretário de Relações Institucionais de Lagoa Grande, a iniciativa é estratégica para projetar a cidade no cenário internacional.

“Nosso terroir é único. Produzimos uvas 365 dias por ano graças ao clima tropical, baixa pluviosidade e irrigação abundante do São Francisco. Aqui é possível observar todo o ciclo da videira em um único dia. Queremos transformar esse diferencial em motor para o desenvolvimento do enoturismo e para a valorização da nossa cultura”, afirma.

Rodrigues também reforça que a cidade está investindo em ações para aproximar o litoral pernambucano da produção sertaneja. Um exemplo é o Wine Day Experience, que busca inserir vinhos e espumantes do Vale do São Francisco em cartas de restaurantes e hotéis de Recife, promovendo degustações, apresentações culturais e experiências gastronômicas.

A missão, segundo o secretário, é colocar Lagoa Grande no epicentro do enoturismo brasileiro, com um modelo que une geração de negócios, fortalecimento da economia regional e valorização cultural.

“O enoturismo vai muito além da atividade econômica: é uma forma de mostrar ao mundo o que o nosso sertão tem de melhor”, conclui Rodrigues.