Juliana Notari reúne mais de 20 anos de trajetória em nova exposição no MAMAM

Depois de oito anos sem uma mostra individual no Recife, a artista Juliana Notari inaugura, no próximo dia 19 de outubro, sua maior exposição no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM). Com curadoria de Clarissa Diniz, a mostra “Spalt-me” traz um recorte de mais de 20 anos da trajetória artística de Notari, explorando temas como corpo, ferida, gênero, violência e sexualidade.

O nome da exposição deriva de uma série da artista iniciada em 2009, onde fotografias de paisagens são marcadas por uma fenda vermelha, simbolizando abertura e vulnerabilidade. O verbo alemão “spalten” – que significa rachar ou separar – foi apropriado para dar nome à obra e à mostra, convidando o público a explorar as fissuras poéticas da obra de Notari.

A exposição está dividida em três núcleos que abordam o corpo, as cidades e as feridas, unindo objetos, vídeos, desenhos e performances. Obras de destaque, como Parlamento Europeu e Janta, revisitam criações anteriores da artista, trazendo novos formatos e perspectivas. O terceiro núcleo trata das feridas, tanto íntimas quanto coletivas, culminando com a instalação Diva, uma escultura de 33 metros esculpida no solo de uma usina de cana-de-açúcar em 2020, que gerou ampla repercussão.

A exposição ficará em cartaz até 11 de dezembro de 2024, com entrada gratuita e programação educativa, patrocinada pelo Banco do Nordeste, Funcultura e Lei Rouanet.

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