
A popularização da toxina botulínica, conhecida como Botox, tem gerado preocupações no setor estético brasileiro devido ao aumento da circulação de produtos falsificados. De acordo com a esteticista e cosmetóloga Ana Lacerda, “os principais canais de distribuição são o mercado paralelo, redes sociais, sites não autorizados e até pessoas físicas oferecendo ‘promoções’ absurdamente abaixo do valor praticado por profissionais legalizados”. Segundo ela, esses produtos chegam ao país por vias clandestinas e sem qualquer controle sanitário, ampliando os riscos à saúde dos pacientes.
Ana explica que a aplicação de toxina botulínica exige conhecimento técnico e deve ser feita exclusivamente por profissionais habilitados, conforme determina a Lei Federal nº 13.643/2018. “Conhecimento anatômico, técnica e avaliação individualizada são cruciais. Aplicações feitas por curiosos ou em locais sem estrutura são um risco grave”, alerta. Entre as complicações mais graves observadas com o uso de produtos ilegais estão paralisia muscular, infecções, necrose, queda de pálpebra e assimetrias faciais severas.
Para garantir a segurança do procedimento, a especialista recomenda que os pacientes verifiquem se a clínica possui registro, se o profissional é capacitado e se o produto utilizado tem nota fiscal e QR Code. “Peça para ver a embalagem da toxina, o número de lote e desconfie de erros de ortografia. A estética não pode ser tratada como consumo comum. Estamos falando da sua saúde, da sua autoestima”, reforça Ana. Segundo ela, o cuidado com a escolha do profissional e do ambiente é essencial: “A beleza começa com escolhas conscientes”.