As fortes chuvas que atingem a Região Metropolitana do Recife (RMR) e a Zona da Mata provocaram, até a manhã desta quinta-feira (15), dois óbitos em área alagada no Recife, um deslizamento de terra sem vítimas no Cabo de Santo Agostinho e o resgate de 16 pessoas com vida pelo Corpo de Bombeiros Militar, em quatro ações realizadas no Recife e em Olinda. Segundo o Governo do Estado, o monitoramento segue com o objetivo de reduzir os efeitos das chuvas. “As áreas de risco estão sendo monitoradas, as cidades contam com suas defesas civis e equipes em campo, e nossas equipes estaduais estão atuando no apoio”, afirmou a vice-governadora Priscila Krause.

De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), 11 municípios registraram acumulados superiores a 100 mm em 24 horas, com destaque para Jaboatão dos Guararapes (166 mm) e Recife (160 mm). Apesar do volume, os rios monitorados não apresentaram grandes alterações, com exceção do rio Duas Unas, em Jaboatão, e do rio Siriji, em Vicência, que estão em estado de pré-alerta. “Inicialmente, havia uma previsão de chuva no nível amarelo, mas com a intensificação do sistema, elevamos o alerta para laranja”, explicou a presidente da Apac, Suzana Montenegro.

A previsão é de continuidade das instabilidades até esta sexta-feira (16), com possibilidade de chuvas entre moderadas a fortes nas regiões mais afetadas. No Agreste, são esperados volumes entre fraco a moderado, enquanto no Sertão as precipitações devem ser leves. O secretário executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel Clóvis Ramalho, reforçou o alerta: “É fundamental que a população fique atenta às orientações e evite trafegar por áreas alagadas, onde podem existir buracos, obstáculos, fios elétricos expostos ou outros riscos que podem causar acidentes graves, como choques elétricos”.