
Israel lançou uma ofensiva aérea contra o Irã na madrugada desta sexta-feira (13), noite de quinta-feira no horário de Brasília, atacando instalações nucleares e alvos militares de alta patente em uma escalada dramática do conflito no Oriente Médio. Segundo a televisão estatal iraniana, morreram no ataque o general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã, e o comandante da Guarda Revolucionária Islâmica, Hossein Salami. O governo israelense afirmou que o objetivo da operação, batizada de “Leão em Ascensão”, é “impedir o avanço do programa nuclear iraniano”.
As Forças Armadas de Israel afirmaram ter bombardeado dezenas de alvos estratégicos, incluindo a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz. A ação causou explosões em Teerã, incêndios em bairros residenciais e a morte de civis, entre eles crianças. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o país atacou com sucesso “o alto comando, cientistas de alto nível e o coração do programa nuclear iraniano”, e que a operação vai durar o tempo necessário. O Irã prometeu vingança e declarou que sua resposta “não terá limites”.
A ofensiva ocorre após o fracasso de negociações nucleares entre Teerã e Washington e em meio à denúncia da Agência Internacional de Energia Atômica de que o Irã violou suas obrigações de não proliferação. Apesar de negar envolvimento direto, os Estados Unidos reforçaram sua presença na região e advertiram o Irã contra retaliações. Israel, que declarou emergência nacional, afirma que o país persa tem material suficiente para fabricar até 15 bombas atômicas e acusa Teerã de representar uma ameaça iminente à segurança global.